terça-feira, junho 29, 2004

BETTIE SERVEERT

BETTIE SERVEERT

BETTIE SERVEERT
Sabe aquelas bandas , as quais você escuta apenas um disco, somente este e ele é totalmente especial para você? Então, existem inúmeros disquinhos assim comigo.Seguramente, um dos mais espeiciais é o do BETTIE SERVEERT, banda Holandesa , cujo seu disco de estréia PALOMINE, lançado em 1992, figura-me como um clássico.Pensei em resenha-lo, porém achei melhor prestar duas homenagens.Vou postar na integra, a resenha feita por Jussara Neves, que lá pelos idos de 1994 comandava o zine Planet Of Sound.Foi Jussara quem me apresentou a banda e o texto da moça esta ótimo.

BETTIE SERVEERT
( publicado originalmente no fanzine Planet Of Sound, Outubro/1994, Número 3)

Poderíamos gastar um bom número de mal traçadas linhas fazendo trocadilhos infames sobre vaquinhas, laranjas mecânicas e países baixos, entretanto vamos direto ao assunto: o Bettie Serveert é a melhor coisa surgida na Holanda desde Gullit.

Antes de formarem o grupo em Amsterdam, Carol Van Dijk( vocais e guitarra), Herman Bunskoeke(baixo), Berend Dubbie (bateria) e Peter Visser (guitarra) tinham algumas ocupações interessantes: Carol trabalhava com desenhos animados; Herman , o único que já estava no ramo, era DJ; Berend fazia locução de comerciais para a tv e Peter era um mal remunerado pintor.

Além dos empregos convencionais, os integrantes do Bettie Serveert, já na casa dos trinta anos, contabilizam em seus currículos muito tempo de estrada e de inestimáveis serviços prestados ao ronck´n´roll, com passagens por diversas bandas que não chegaram a decolar e foram acometidas por mortes subidas e anônimas.

Com você, a sensibilidade e sagacidade em forma de gente, deve ter percebido a esta altura do campeonato, ninguém do grupo chama-se ´Bettie´. Então, ora bolas, de onde eles tiraram esse nome? O peculiar batismo, BETTIE SERVEERT, cuja tradução é ´Bettie Serve´, é uma ´licença poético-esportiva´ de um programa de televisão homônimo, apresentado pela tenista Bettie Stove, a primeira e única.

O álbum de estréia, o maravilhoso ´PALOMINE´, teve uma recepção pra lá de calorosa por parte do público e crítica, algo que deixou a própria banda de boca aberta, já que nenhum deles, em sã consciência, esperava um sucesso tão grande logo de cara. Apesar da surpresa, todos no grupo são unânimes em achar que , depois de ralar tanto tempo no underground holandês, estava mesmo na hora do BETTIE SERVEERT começar a colher os louros da fama e levar uma vida mais abastada.

O disco abre com ´Leg` e traz um deslumbrante par de versões para a faixa-título: “ Palomine”. No recheio, as deliciosas ´Kid´s All right´, ´Brain-Tag´, ´Under The Surface´ ´Sundazed To The Core´, a minha predileta ´Tom Boy´ e ´Balentine´, com uma guitarrinha a lá Nirvana na intrudução.

Resumo da ópera: ´PALOMINE´ é um disco brilhante. Ele, na verdade, só apresenta um pequeno problema: você não consegue mais tirá-lo! Prepara-se, então para agüentar a reclamação dos vizinhos e a sua família resmungando o clássico ´será possível que você não tem outro disco?´. Agora, uma vantagem, caso você venha a adquirir ´PALOMINE´ em CD: você pode contar com a avançada tecnologia laser como importante aliada, afinal , para nossa sorte, o CD não fura. Aliás, se fosse o caso, a minha bolachinha deveria ter um furo enorme em ´Tom Boy´, alguma coisa entre o buraco da camada de ozônio e o rombo da previdência.

BETTIE SERVEERT


Planet OF Sound zine

terça-feira, junho 01, 2004

THE HONKERS

THE HONKERS

THE HONKERS – E seu Honkabilly Bop

Sputter e Cia, foram inspiradíssimos no ato de batismo do seu conglomerado, THE HONKERS. Honker é uma lanchonete, se minha memória não me trai, presente no desenho animado Doug. E Doug é um desenho onde as fantasias e sonhos infantis/juvenis caminham direcionando as ações do seu personangem principal, ao lado do seu fiel cão Costelinha, para viverem as mais bonitas e engraçadas aventuras. Magia e sinceridade juvenil.
E a banda The Honkers captou esta essência e injetou no som da banda.Todo o poder visceral e juvenil do rock foram recrutados para a banda. É isto mesmo, putaria e diversa estão presentes.


Por mais adjetivos e rótulos que tentem inventar, no final isto é o que importa no rock and roll.PUTARIA E DIVERSÃO.Por mais que tentem rótular o som da banda, é desnecessário. Ora, tem um braço do Billy do rock, mas não é o Dead. Tem a levada amalucada do ska, mas não é o Madness, tem ecos de Headcoats, New York Dolls, porém é o The Honkers e o seu honkabilly bop.
The Honkers é: Rodrigo Sputter, T612, Dimmy, PJ e Burst. A bolachinha em questão é o Segundo EP deles: “ Underground Music for Underground People( covered by Underground Band),
Albúm de covers, preciosas homenagens que passeiam pelo vigor Ska, Rock e a família billy , tudo pontuado por uma qualidade performática elogiável. Prestem atenção para “ Girl From ´62” Thee Headcoats e “ Planet Crash” do Purple Heats e “ Monkey Man” The Specials.

E tem além, outro ponto alto da banda é o vigor e urgência de suas perfomances.Quem viu, garante que arrebentam.
E Mr. Sputter avisa o que virá pela frente: “gravar man!! talvez lance,mos 3 ou 4 cd´s esse ano!!”
Então ficamos na dúvida: tudo canção nova ou vai rolar mais covers?:”tudo nova e talvez uma 2a edição de um cd de covers novo”.
Underground Music for
Underground People( covered by
Underground Band),

Faixas:
1. Plane Crash - Purple Heats
2. One More Chance - Peacocks
3. Girl From ´62 - Thee Headcoats
4. Gotta Get Away - The Blues Magoos
5. Monkey Man - The Maytals / Versão: The Specials
6. Guardian Angel - The Imaginations
7. I Got Your Number - Cocksparrer


1º EP DA BANDA: Between the Devil and the Deep Blue Sea