Por Rafael Jr.( baterista da Snooze e participou de 5 das 8 edições do Punka. Comentários e feedbacks são bem vindos)

A oitava edição do terceiro maior festival de rock do Nordeste – fica atrás do Abril Pro Rock/PE e MADA/RN – aconteceu nos dias 22 e 23 de outubro com a melhor e maior estrutura já oferecida por esse evento que já faz parte do calendário cultural da cidade, mas que ainda é pouco valorizado pelo poder público local e surpreendentemente por muitos roqueiros sergipanos. A prova disso foi o furo da Prefeitura Municipal de Aracaju no custeio da estrutura de palco, som e luz (a mesma do Forró Caju) e o baixíssimo comparecimento do público no primeiro dia, gerando tensão e expectativa na produção até a hora do último show do segundo dia. Independente de eventuais falhas estratégicas do PUNKA, tá mais do que na hora de reconhecer o importante papel do evento na movimentação cultural da cidade e no fomento à produção artística, e isso se faz comprando ingresso ou patrocinando a parada (no caso das empresas e do Governo).
SEXTA 22 – Primeiro Dia

Tristre Fim de Rosilene
Na divulgação o horário era 18h, na programação interna a primeira das 10 bandas subiria ao palco 19h, mas o URUBLUES, que é da cidade de Itabaiana, só começou a tocar às 19:45h. Fora esse atraso, a produção no primeiro dia mostrou-se sincronizada, competente e a comunicação fluiu bem, fora o tratamento aparentemente adequado dado aos músicos e à imprensa. O lugar é enorme e tinha praça de alimentação, stands com material de algumas bandas, parede para escalada e na parte interna do Espaço EMES, onde normalmente rolam os shows nacionais de MPB, DJs se revezavam animando a moçada e uma pista de skate estava disponível. Cheguei cedo e encontrei logo o povo de Salvador: Luciano Matos e uma outra jornalista baiana, o pessoal do The Honkers e uma Ladra de Bicicleta, a produtora Grace. Logo depois os zineiros e bloggeiros locais Adelvan Barbosa, Lucas Passos e Cícero Aldemi. Um pouco mais tarde “tava todo mundo lá”, e não cabe ficar citando, né? Voltando ao URUBLUES, os caras são competentes no que se propõem – fazer blues rock nervoso e envenenado –, principalmente o líder e guitar hero Ferdinando, mas abrir o evento com um pingo de gente não foi tarefa das mais fáceis. Mesmo assim o som tava redondo e eles fizeram jus ao espaço conquistado no PUNKA. Na sequência a PLEASE NO! mostrou seu brega-punk-psicodélico, que pra mim funciona mais em disco porque não dá pra entender as letras direito no show, e isso é imprescindível pra poder rir das ótimas pagações promovidas pelos jovens mancebos caras-de-pau. Como resultado disso, os que já os conhecem se divertem bastante, e os que não sacam qual é a deles ficam boiando, sem entender direito o que tá se passando. Nesse momento eu já enxergava aquela movimentação típica de festival: troca de CDs, “toma aqui meu CD demo”, “vamos trocar e-mail”, “olha aqui meu cartão, vai lá no meu site”... Isso eu acho massa e sempre saio com a bolsa cheia de disquinhos coloridos novos pra me divertir nos próximos dias. OS ELOQUENTES tocaram em seguida para um público bem maior, e pude finalmente ver acontecer o que esperava há anos: os moleques amadureceram, a identidade foi encontrada, a malícia já tá no ar. Ainda falta a malvadeza de um Cachorro Grande (tem que buscá-la na mesma fonte: Stones, Kinks e The Who), mas já me empolguei, têm futuro promissor. Estão com disquinho novo na praça – vi iniciados indo atrás dessa bolacha – , empunhando uma semi-acústica linda e as gravatas estão no mesmo lugar, ou seja, tá tudo encaminhado! Agora tá difícil saber quem são os melhores sessentistas de Sergipe, Eloquentes ou Plástico Lunar? Aliás, alguém sabe porque a Plástico não tocou no evento?
Hora de HC tosqueira, ultra-rápido e engajado. A TRISTE FIM DE ROSILENE mostrou porque apavorou na Verdurada em São Paulo e chamou a atenção da galera do Ratos de Porão e Discarga, colhendo elogios de todos. Daniela (ex-Lily Junkie) está ótima nos berros à frente da banda, mas a atenção de todos sempre se voltam lá pro fundo do palco. A precisão de Tiago Babalu e a entrega total ao instrumento não me deixam dúvidas, é o melhor baterista de som extremo que essa cidade já pariu, e está a anos-luz do restante. Vê-lo tocar é instigante, o negócio é cabuloso de verdade, e espero que os amigos leitores tenham essa oportunidade um dia. Isso aqui é um tributo sincero a um amigo-irmão.
A primeira atração de fora do estado foi o LAMPIRÔNICOS, de Salvador. Eu não pude assistir o show direito mas me pareceu uma banda muito competente e profissional, com ótimos músicos. Fazem um baiock psicodélico interesante e agradaram. A SULANCA trouxe mais regionalismos e misturas rítmicas, e também agradou. O primeiro CD do grupo, “Megafone”, tá saindo do forno. Na verdade a banda não estava na programação inicial e foi chamada de última hora pra substituir o Mechanics de Goiânia, que não pôde vir por motivos obscuros pra este escriba. A WORDS GUERRILLA só tem camarada na formação e eu adoro o hardcore torto e inquieto da banda. A lenda viva do rock local Sílvio (da Karne Krua) tá sempre ousando e experimentando, e desta vez levaram um flautista de formação erudita pro palco. Dead Kennedys com Jethro Tull? Caralho, sempre me surpreendem, e não foi diferente com o disco novo e esse show. Na metade da apresentação eu precisei sair correndo pra tocar do outro lado da cidade, e perdi também os últimos três shows. Dos decanos do metal local WARLORD (sempre competentes), dos santistas do GARAGE FUZZ e dos paulistanos metal pesado TORTURE SQUAD, com vários discos e turnês européias nas costas. Soube depois que foram apresentações de qualidade, cada uma na sua praia, mas que o “Esquadrão da Tortura” reclamou o tempo todo de um monte de coisa e foram no mínimo deselegantes quando na Van que os levava de volta ao hotel um dos integrantes passou a falar mal do som dos Lampirônicos, sem saber que um deles estava ali presente, em sua frente. Que mico, hein? Será que uma banda tão rodada não aprendeu algo tão simples como ter humildade e respeito com outros artistas, mesmo que de estilo musical diferente?
Preciso agora abrir parênteses e pagar mais um tributo aqui. É pros caras do GARAGE FUZZ. Eu mantenho contato com eles há uns 9 anos e tenho os 5 CDs que lançaram (agora estão todos com os encartes rabiscados), sou fã incondicional do som e acho que reúnem todas as qualidades que considero legais numa banda de rock independente: atitude, humildade, competência técnica em estúdio e ao vivo, carisma e consciência clara do seu papel e dos seus objetivos dentro da cena. A estética é pura (não tem pose) e não há pretensões além de fazer o que se quer e se gosta. Já os vi em ação três vezes em festivais por aí (o Circadélica em Sorocaba foi um deles), mas os caras estavam pela primeira vez na minha área, na minha terra, e eu perdi o show! Eu tocava lá no outro lado da cidade, num bar de playboys, só me perguntando: “O que é que eu tô fazendo aqui?!?”. Quando a música torna-se trabalho e temos filhos pra alimentar podemos passar por coisas desse tipo. Com o dia amanhecendo, voltei pra casa triste e fui dormir com muita raiva. Até chorei, é verdade. Acordei três horas depois e toquei os 5 CDs do Garage Fuzz em ordem cronológica, no volume máximo, enquanto escrevia tudo isso sobre o primeiro dia do PUNKA. De noite tem mais rock.
SÁBADO 23 – Segundo Dia (ou “A Invasão Baiana”)

No segundo dia cheguei ao Espaço EMES bastante atrasado, então perdi os shows do SAMBACAITÁ (vencedora do Pré-Punka e agraciada com a única vaga para bandas iniciantes) e FAMÍLIA ATIVISTA, combo formado por rappers da periferia de Aracaju realmente engajados no movimento hip hop local e em atividades sociais. O grande destaque sempre é Ganso – também conhecido como Hot Black ou Preto Quente –, figura carimbada e carismática que já está acostumado a participar em shows de rock daqui e que manda muito bem nas rimas e improvisos. O público que encontrei já era muito maior que o do dia anterior, e tava chegando muita gente o tempo todo. A EFFE (antiga Fluster) se preparava pra começar a tocar e fui ver seu emo nervoso e honesto. Eles vivem esse tipo de música no seu dia a dia e o fazem com propriedade e competência, mas a verdade é que o som não tava nada bom e o vocalista meio perdido. Mesmo assim a garotada curtiu e o CD que acabaram de lançar vendeu feito banana na feira. Eu mesmo levei o meu e tenho ouvido bastante. Os topetudos-garageiros do THE HONKERS se preparavam no outro palco e eu sabia que vinha coisa boa, porque já os conhecia de shows em Salvador e li muita coisa sobre as presepadas e peraltices do vocalista. Dito e feito. Rodrigo Sputter cuspiu cerveja na galera, escalou as estruturas do palco e subiu no PA, enfiou o microfone no saco, rebolou, destruiu o chão do palco e os pratos do baterista, se machucou e com certeza se divertiu muito. E se cansou (“tô ficando véio!”). A trilha sonora do espetáculo era psychobilly, garage rock malvado, ska e guitarras punk muito altas. O astral do lugar mudou, o povo chegou perto pra aplaudir, os sorrisos apareceram na cara das pessoas. Isso é rock!!! Dimmy Drummer ainda me disse que estão lançando 3 discos simultaneamente pela Ordinary Recordings/SP, corra atrás que é biscoito fino dos porões baianos!
O duo LACERTAE, da cidade de Lagarto, entrou em seguida e me hipnotizou mais uma vez com os experimentos e peças (são mais que simplesmente “músicas”) do maravilhoso “Berimbau de Cipó Imbé”, discoteca básica sergipana pra sempre. Deon e Tacer sempre têm problema com o som nos festivais, mas dessa vez foi diferente, tava massa. O disco novo vem aí com participações de Lirinha (Cordel do Fogo Encantado) e do baterista Curumim, que toca com Arnaldo Antunes. Tudo sob a produção de Buguinha Dub, que já trabalhou com Nação Zumbi, Cordel e Racionais MC´s. Também estão com shows marcados no sul do país e no exterior.
Próxima atração: VAMOZ!, de Recife. Como amigo de longas datas e apreciador das melodias do Marcelo Gomão (bem como dos acordes que emanam da sua Fender Jazzmaster), sou meio suspeito pra falar desse trio pernambucano que toca sem baixo (são 2 guitarras e bateria). Mas era só ter olhos e ouvidos pra ver e ouvir que foi um grande show, perfeito! Rock duro com doçura, riffs do AC/DC e do mestre Neil Young, comunicação perfeita com o público, ecos de Dinosaur Jr, um guitarrista com cara de nerd que é engenheiro e constrói os próprios pedais, um técnico de som que faz a diferença (é o quarto membro), um batera surfista que bota as menininhas pra dançar e bater cabeça... Rock, rock, rock! Só não foi 10 mil vezes rock porque trocaram o microfone do Gomão, aquele que o Rodrigo do The Honkers colocou no saco (hehehe).
Nessa hora vi uma briguinha boba prontamente controlada pelos seguranças e mais tarde soube que roubaram o carro de um amigo nosso do lado de fora, com instrumentos na mala. Tocaram fogo no veículo! Acho que esses foram os únicos incidentes ocorridos durante o festival, o resto foi 100% paz e tranquilidade.
O reggae arrastado da OGANJAH quebrou o clima e eu fui nos stands, no Punkatronics e nos camarins, onde rolava a brodagem entre as bandas e as entrevistas para a Rádio e TV Punka. RONEI JORGE & OS LADRÕES DE BICICLETA completou o que chamei de “Invasão Baiana em Terras de Serigy”, um showzaço de poesia visceral com parede sonora de Rickenbackers e Gibsons, um rock torto com muitos compassos ímpares e um pouco de samba também. A resposta do público foi instantânea e os gritos de “mais um” no fim foram fortes e altos, os mais potentes do festival, isso deve ter sido compensador para essa grande banda. Eu me aprontava no outro palco pra fazer a ultima apresentação antes do Los Hermanos, repetindo o que aconteceu no Goiânia Noise uns 2 anos atrás. Acho que a SNOOZE fez um bom show, mas não foi nada assim tipo “uma grande performance”. Fiquei feliz de ter tido duas participações mais que especiais, a do gaitista Julinho Vasconcelos que gravou no nosso disco novo e do Rodrigo Honkers que cantou “The Kids Are Allright” do The Who com Clínio Jr e Marcelo. Infelizmente não conseguimos trazer Fabinho de Sampa pro Punka (rimou), mas nosso mais novo fiel escudeiro estava lá segurando a onda, o grande papai Duardo.
Pra mim o festival acabou aí, porque começou a acontecer alguns problemas nos bastidores e tudo em relação ao Los Hermanos era diferenciado. Isso é normal com bandas maiores, mas não precisa coisas do tipo “evacua a área”, “ninguém entra e ninguém passa”, “não pode isso, não pode aquilo”. Um saco, mas nêgo engolindo tudo. Entendo essas paradas de produção e contratos e não vejo problema nas coisas que têm que ser feitas pro show deles fluir bem, comigo tá tudo certo. Mas outras pessoas trabalhavam na área atrás do palco e precisavam ter acesso aos camarins, pegar seus equipamentos, etc. Estou falando de músicos e roadies anteriormente credenciados para o acesso e não de fãs querendo autógrafos. Quero deixar claro que não é nada com a banda (até acho-os simpáticos e simples), adoro o som deles e tenho os discos em casa, também não sei de quem foi a culpa (até hoje não deram explicações, e também não adiantaria mais) mas imagino que foi falta de experiência da produção – que aliás nessa hora sumiu do mapa – no trato com artistas de maior porte. Eu gostei bastante do show dos los barbudos, apesar de ter sido um pouco morno e lento demais, muito MPB e pouco rock na verdade. Porém estão tocando melhor e as músicas falam por si só,são muito bonitas.
E assim acaba a historinha de 2 dias que eu tinha pra contar pra vocês. No Domingo não pude ir no futebol de praia das bandas, mas espero que os baianos tenham perdido na bola pelo menos, já que no palco o jogo BahiaXSergipe deu Bahia na cabeça, isso eu tenho que admitir! Fazendo uma análise geral, quem ganhou foi o público que pôde ver uma amostra do melhor da produção independente nacional num evento quase impecável que teve o maior dos problemas que produtores (nesse caso, amigos meus) podem ter: falta de lucro! Pois é, o bom público do segundo dia não salvou a pátria nem virou o jogo, mas deu pra pelo menos empatar os custos, pagar as contas. Não sei se estão julgando o trabalho de vários meses compensado, mas de qualquer forma espero que não desistam da empreitada, senão essa cidade vai ficar fosca o ano inteiro, já que pra mim ela brilha 1 vez por ano com o PUNKA. O negócio é rever conceitos, identificar e reconhecer falhas, enxugar custos e manter o nível da programação. Ainda dá pra domar o monstro que criamos ou ele vai nos engolir?
ATRAÇÕES PARALELAS
O Punkatronics e o “Espaço Garagem” foram atrações à parte, paralelas aos shows. Não acompanhei direito o revezamento dos DJs mas deu pra notar – e também comentaram comigo – que a galera que tocou rock nas pick-ups agradou mais do que os DJs de música eletrônica propriamente dita. Matanza e Gus são ótimos com drum´n´bass, mas quem agitou mais foi o snoozer Clinio Jr com Bruno Montalvão e sua seleção “fillet mignon” ou “creme de la creme” do indie rock 90´s, e o Dr. Estranho com seus vinis raros de música brasileira e black music da década de 70. Cool!
Já no “Espaço Garagem” tivemos uma intervenção por dia. Na sexta a banda de grind/crust core DA BOCA AO RETO, antiga MERDA DE MENDIGO (ói Babalu de novo na área!), plugou os amplis e tocou no chão, sem palco ou som, com a bateria acústica. Podreira total! No sábado a Orquestra de Baterias idealizada pelo brasiliense Dino Verdade em São Paulo e liderada aqui pelo professor Oscar do Bateras Beat arrebentou, empolgando o público com a força tribal de 5 baterias tocando ao mesmo tempo uma peça bastante interessante.
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS
Pontos Positivos:
· Estrutura de primeira, com o melhor em palco, som e luz.
· O time de atrações do evento foi de alto nível.
· O atendimento ao público, sem filas e com equipe de segurança competente.
·Horários dos shows respeitados. Os atrasos iniciais foram dentro de uma normalidade tolerável.
· O profissionalismo de todas as bandas.
Pontos Negativos:
·Estrutura gigantesca demais (quase megalomaníaca) para um festival independente. Encareceu o evento e talvez não precisasse tanto aparato assim.
·Falta de um local para guardar os instrumentos. Depois de se apresentar, a banda tinha que esvaziar o camarim e “se virar”.
·A ridícula proibição repentina do acesso dos músicos aos camarins, por conta da entrada e saída do Los Hermanos do palco. Só queríamos pegar nossos instrumentos. Autógrafos e barbas são com a garotada. De onde veio a ordem é um mistério, ninguém sabe!
·Stand de CDs bem pobre, sem muita variedade. Parece que não era só querer colocar a venda, tinha algum tipo de burocracia ou até aluguel. Nunca vi isso em festival nenhum, simplesmente lamentável!
RAIO X DO FESTIVAL
- 20 bandas em 2 dias, 2 palcos, 4.000 pessoas (1.000 na sexta e 3.000 no sábado)
- Divulgação: TV Globo local, FM, Outdoors e panfletos em papel couche que pareciam mini-cartazes.
- Melhores shows: Garage Fuzz/SP na sexta, The Honkers/BA e Vamoz!/PE no Sábado
- Revelações: Eloquentes, Triste Fim de Rosilene e Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta/BA
- Figura do Festival: Rodrigo Sputter, do The Honkers
- Faltas Sentidas: Plástico Lunar, Maria Scombona, Vallium e Mechanics/GO
- Hype: Vinis setentistas do Dr. Estranho e Orquestra de Baterias
- Melhor Cover: Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta com “Paralelas”, hit de Belchior com a cantora Vanusa nos anos 70
- Maiores Micos: Encontros e desencontros da produção no segundo dia e prepotência e arrogância da Torture Squad na Topic.
- Recordista de Shows: Tiago Babalu, 4 vezes (Please No!/Triste Fim de Rosilene/Effe/Da Boca ao Reto). Fi da peste, bateu meu recorde!
- Recordista de Vendas: Effe, 90 discos em 2 dias!Decepção: O recuo da Prefeitura Municipal de Aracaju no patrocínio .
Rafael Jr é baterista da Snooze e participou de 5 das 8 edições do Punka. Comentários e feedbacks são bem vindos.